Casos de chicungunha podem atingir números alarmantes na Zona Oeste

O risco de epidemia da chicungunha, principalmente no verão, está entre as maiores preocupações do novo prefeito do Rio. A Zona Oeste da cidade é a área onde há maior incidência de novos casos
Pneus amontoados em Campo Grande. Um local propício para a proliferação de mosquitos.
Foto: Daniel Valle
A possibilidade de um surto da chicungunha na Zona Oeste tem causado preocupação para autoridades da Prefeitura e profissionais da saúde que atuam no local. Segundo moradores, a situação se torna ainda mais alarmante por conta de prédios e terrenos abandonados na área. Marcelo Crivella, prefeito eleito do Rio, confirmou, em reunião para planejamento do seu governo, no final de novembro de 2016, que de fato essa região da cidade está suscetível a uma maior proliferação do vírus e que deverá receber uma atenção especial nesse sentido.

A enfermeira Fabiana Teixeira (38), coordenadora do posto de saúde Belizário Penna, localizado no bairro de Campo Grande, explica que dentre os desafios para o combate ao vírus na área está o fato de que muitos moradores não permitem a entrada de agentes de saúde em suas casas. — Um desafio que temos encontrado aqui nos bairros da Zona Oeste é a rejeição a visitas dos Agentes de Saúde. Devido à violência na área, as pessoas mostram certa desconfiança e nem sempre nossos agentes conseguem realizar o trabalho efetivo de combate ao mosquito.

Fabiana fala também sobre pequenas ações diárias que podem evitar a proliferação da doença. — A população precisa estar consciente de que para prevenir esse tipo de doença, são necessárias medidas simples como cuidar do próprio quintal, tratar piscinas de forma adequada e observar possíveis focos do mosquito transmissor da doença, que podem estar onde menos esperamos. Na minha casa, por exemplo, encontramos larva do mosquito da dengue dentro de um pequeno aquário.

No mesmo bairro em que a enfermeira trabalha, há um condomínio, na rua Vitor Alves, com prédios inacabados, que estão abandonados a mais de dez anos e são potenciais ambientes para os mosquitos transmissores da chicungunha. O senhor Ademar Marques (63), porteiro do condomínio Morada Nobre, que fica ao lado dos prédios, explica que a situação é realmente preocupante. — Nós sabemos que há uma família morando na parte térrea de um dos prédios, mas toda a área restante está vazia e, com certeza, devem haver muitos focos, não só da chicungunha, mas da dengue e zika também.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, até outubro de 2016, já haviam sido identificados quase 3 mil casos de chicungunha, só na Zona Oeste da cidade. O total de casos em todo o Município está em torno 13 mil. A Secretaria informa ainda que os primeiros sinais da doença são: “febre de início súbito maior que 38,5ºC e artralgia ou artrite intensa de início agudo, não explicado por outras condições, ou que tenha vínculo epidemiológico com caso confirmado.”

Ricardo Barros (PP), Ministro da Saúde no governo Temer. foto: reprodução

O Ministério da Saúde prevê que o número de casos, em todo Brasil, deve aumentar de forma significativa em 2017. De acordo com o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, os casos confirmados da doença aumentaram 15 vezes de 2015 para 2016 (de 8.528 para 134.910).  — Estamos nos preparando para um aumento de casos de chicungunha — explica o Ministro.

A febre chicungunha é resultado de um vírus transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Ela possui sintomas semelhantes aos da dengue e zika, como dores pelo corpo, dor de cabeça, cansaço e manchas avermelhadas.  O vírus da chicugunha pode ocasionar graves problemas nas articulações, principalmente para as mulheres, causando dores intensas na execução de movimentos simples, como abotoar uma camisa, por exemplo.

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